O PMDB, após ficar 20 anos longe da cabeça do governo do estado do Pará, aposta todas as fichas em retomar o comando político e administrativo do estado. O objetivo desta breve análise é tentar apresentar um conjunto de argumentos que possam estabelecer parâmetros para projetarmos as possibilidades do PMDB nestas eleições.

A partir desta semana começarei a apresentar  breves análises em torno das possibilidades eleitorais dos principais candidatos ao governo do Pará: Jatene, Helder e Dudu. De início, quero alertar de que não pretendo me  ater aos aspectos morais desabonadores que regem  os discursos apaixonados de apoiadores e opositores de cada candidato. Quem oferece denúnciia por atos de peculato é o Ministério Público e quem julga é o poder judiciário. Parece-me que nenhum dos três candidatos tem processo transitado em julgado, portanto, ninguém ainda foi considerado culpado pela justiça.

Democracia. Lutei por ela. Gosto dela. E lutarei para conservá-la.  Democracia é assim mesmo. No  início somos enganados pelos belos discursos. Depois, exigimos  resultados de governo, para eleger um representante. Em seguida queremos obras mais complexas. A universalização de educação e saúde, já representam  uma luta mais conscenciosa,  de uma sociedade  mais cidadã. Finalmente,  com a conquista da equidade, ou seja,de  uma sociedade de classe média,   exigimos, de forma coletiva governantes de alta estirpe social e ambiental,  e que pense estrategicamente nossa cidade, e nosso País.

Domingo é um bom dia para percebermos o grau de polarização política que está em curso no Pará, no contexto da sucessão estadual que se aproxima. Não precisa ser pitonisa para saber que estas serão as eleições mais sectarizadas da história política recente  em nosso estado.

Reproduzo em baixo postagem do blog  Bacana, onde busca-se meter uma cunha entre o Pastor Josué Bengtson e o candidato Duciomar Costa. Aproveito e analiso a lógica de competição partidária baseada na metralhadora giratória de aliados da candidatura Helder do PMDB.

Nesta quinta feira passada (03)  a direção nacional do PTB, através de seu site oficial apresentou o nome do ex-prefeito de Belém entre 2005 e 20012 como eventual candidato ao governo do Pará nas eleições próximas.  Estranhamente, neste sábado, nenhum grande jornal da terra comentou este fato, que por sí só, é relevante, uma vez que um nome com densidade eleitoral na capital se apresenta para a disputa.

Definitivamente podemos afirmar que ainda não temos partidos  autenticamente republicanos no Brasil.  Esta afirmação advém da frouxidão com que  estas organizações políticas  recrutam seus membros. Na verdade, seriam os partidos, como selecionadores e formadores de futuras elites políticas que deveriam, não só recrutar novos membros, mas buscar socializá-los dentro dos preceitos de que o Estado  é  res pública ou coisa pública, através da formação continuada e do exercício de um rígido estatuto contra a corrupção e o peculato.