BRASIL: DE PARTIDOS, REPÚBLICA E CORRUPÇÃO
Definitivamente podemos afirmar que ainda não temos partidos autenticamente republicanos no Brasil. Esta afirmação advém da frouxidão com que estas organizações políticas recrutam seus membros. Na verdade, seriam os partidos, como selecionadores e formadores de futuras elites políticas que deveriam, não só recrutar novos membros, mas buscar socializá-los dentro dos preceitos de que o Estado é res pública ou coisa pública, através da formação continuada e do exercício de um rígido estatuto contra a corrupção e o peculato.
2014: COMO MANTER UM MANDATO PARLAMENTAR?
Normalmente, 2/3 dos deputados paraenses, tem origem a partir de herança familiar, são ex-prefeitos, esposas de prefeitos ou parentes de primeiro ou segundo grau de prefeitos e deputados. Os out sider ou prefeitos estranho à classe política são minorias em nossos municípios. Ou seja, o familismo ainda é o núcleo da organização da elite política municipal no Pará. A segunda característica do perfil destes deputados é de que a maioria é governista, ou seja, 4/5 tenderão a se filiar ao governador de plantão na esperança de levar obras e serviços aos municípios, independente de filiação partidária ou ideológica. Ou seja, a falta de autonomia orçamentária dos municípios brasileiros transforma a maioria dos prefeitos em vassalo de governadores e presidente.
PT X STF:absolva um culpado.Mas nunca condene um inocente
Acompanhei nas últimas semanas a enorme campanha da militância virtual do PT, no sentido de demonizar a figura do presidente do supremo Joaquim Barbosa, após a condenação, por peculato, os dirigentes petista de 2005: O presidente (Dirceu), o vice ( Genoíno) e o tesoureiro (Delúbio).
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PT/ PSDB: entre a responsabilidade fiscal e social.
Parece que PT e PSDB tendem a repetir no Brasil, em relação à gestão de governo, o que vem ocorrendo na Europa, nas últimas décadas. Na Europa a direita chega ao governo com um discurso de austeridade fiscal e restrição aos gastos sociais, e de fato reorganizam a economia em prejuízo dos gastos sociais. Então, a esquerda derrota o governo de direita, e então, retoma os gastos sociais, até exaurir a capacidade da receita, gerando desequilíbrio fiscal, e novamente, a direita retoma o governo.
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