Jatene´, sem apoio do governo federal,  está  no terceiro ano de mandato registrando índices acima de 70% de apoio popular.  Ao mesmo tempo mantém base parlamentar acima de 50% e tem apoio dos meios de comunicação de massa.

Ana Júlia, no terceiro ano de seu governo, contava com sólido e atuante apoio do governo federal, detinha apoio popular medíocre e contava com amplo descrédito na base parlamentar.

Qual seriam as variáveis explicativas para estes dois fenômenos, aparentemente dicotômicos?

Resposta:  falta de competência política na gestão de governabilidade, governança e de comunicação do governo do estado em relação à percepção popular.

Vamos qualificar a resposta:

O governo Ana Júlia perdeu o apoio parlamentar, de fato, quando deixou de cumprir os acordos firmados no interior da Casa Civil com os deputados da base aliada.

Este governo não  conseguiu produzir obras de curto e médio prazo que viesse acompanhado de uma competente política de propaganda e marketing. Resultado: as obras e serviços não foram percebidos pelo eleitorado do estado.

Aliado a todos estes imbróglios, ainda tivemos no curso dos primeiros 18 mêses de governo um conjunto de escândalos que minou a autoridade pessoal e política da governadora Ana Júlia.

Conclusão:  o fracaso do governo Ana Júlia com máquina, apoio governamental   e relativos resultados de gestão perdeu as eleições de 2010. Neste momento Jatene sem máquina e com boa política de propaganda e marketing vem se posicionando muito bem nas pesquisas de opinião.

Jatene, bem avaliado e com apoio palamentar será reeleito? Não podemos declarar de forma peremptória as tendências eleitorais de 2014, não só pelo fator tempo, assim como pelo iminente isolamento do governo estadual de grandes partidos como: PMDB, PTB, PDT e talvez o PR.

Em resumo, e este foi um achado de minha tese de doutorado: não basta ter bom governo e boa avaliação. Caso o governante  fique isolado, também poderá ser defenestrado por grandes frentes oposicionistas.


Ahhh. Ana Júlia será sempre um ponto de referência relacionado a incompetência na gestão política, administrativa e informacional na gestão de governo. De fato, ela prestou um grande serviço às pesquisas sobre  a ausência de poder imperial e incapacidade da máquina de governo, sozinha, vir a ganhar eleição.