Uma das possíveis hipóteses para que o governo estadual tenha patrolado todos seus aliados nas eleições de 2012 seria uma análise pessimista sobre a capacidade do governo do estado em disputar com o planalto os destinos de PMDB, PR, PP e PTB na sucessão de 2014.
Ora, se o núcleo duro tucano, tem apriori a avaliação de que a disputa de 2014 será muito complicada e que um eventual bloco partidário articulado no Pará pelo planalto trará muitas incertezas na próxima sucessão estadual, então a estratégia correta é trabalhar com dois cenários possíveis.
Cenário 1- o governo tucano se reelege, e 2- o governo tucano pode vir a ser derrotado por uma frente ampla oposicionista coordenada a partir de Brasília.
Este segundo cenário justifica plenamente a tática eleitoral tucana empreendida nas eleições de 2012 nos principais municípios do Pará. Assim, o PSDB montou estratégias objetivas em direção às prefeituras de Belém, Ananindeua e Santarém.
Ou seja, estas três prefeituras seriam o ponto de apoio para a sobrevivência tucana nos próximos anos. Assim, no plano nacional os tucanos têm sobrevivido no Brasil a partir de governos chaves como Minas e São Paulo.
Parece que os tucanos aprenderam com a derrota de 2006, quando ficaram sem nenhuma prefeitura de grande peso no estado para sobreviver às próximas sucessões. Só a incompetência do governo Ana Júlia poderia reviver os tucanos em prazo relativamente curto.
Hoje os tucanos sabem que independente dos resultados de 2014, estes dispõem de recursos políticos, administrativos e orçamentários para respirar nos próximos 4 anos. Parece que os tucanos paraenses estavam certos, o planalto tende a "chupar" os grandes partidos de centro direita do Pará, nas próximas eleições estaduais.