O governador de Pernambuco Eduardo Campos está colocando o PSB no limbo político. O lançamento, em S.Paulo de sua candidatura à presidência está deixando o PSB nos estados num grande dilema político.
O problema que se coloca é objetivo: caso Campos confirme sua candidatura o PSB nos estados estarão prensados entre a recandidatura Dilma e a candidatura partidária solo.
Explico, o PSB assumindo, em definitivo, candidatura própria, deixaria de estar na coalizão eleitoral, parlamentar e de governo do governo petista. Neste contexto, este partido perderia a capacidade de auferir recursos não obrigatórios, a partir do governo federal.
Esta posição, há 20 meses das eleições de 2014 poderia ser altamente desfavorável às pretensões eleitorais de reeleição de governadores e deputados federais do PSB.
Em outras palavras, não seriam apenas recursos que escasseariam, mas também partidos para coligações estaduais. Espera-se que o governo busque, a todo custo, verticalizar nos estados, o acordo nacional com a ampla base partidária para viabilizar a reeleição da atual presidente.
Parece que o PSB inicia um movimento em direção à oposição acompanhando o PSDB e o DEM. Parece que o PPS começa a rever sua política de bater de frente com o governo federal petista.
Partidos sem tradição de enraizamento na sociedade civil, quando perdem a máquina de governo tendem ao nanismo partidário-eleitoral e parlamentar.
Vamos ver os próximos passos do debate interno no PSB, mas creio que teremos recalcitrantes dentre os socialistas, uma boa parte deste partido optará pela continuidade na aliança com o governo federal. É o peso da máquina.