Em 2010  vimos a governadora Ana Júlia perder uma eleição calçada em 14 partidos e mais o apoio das máquinas federal e estadual. A variável explicativa, sem dúvida nenhuma se deveu  a percepção extremamente negativa que a população tinha de seu desempenho à frente do governo estadual.

Um governador bem avaliado, apoiado em micros partidos, pode enfrentar e ganhar com baixo risco uma federação de  médios e grandes partidos de oposição? Que é um dos cenários possíveis para 2014?

Resposta:  Pode vir a ganhar, mas os riscos são muito altos. Senão vejamos:

No primeiro  turno teríamos pelos menos três grandes coligações:  1-A coligação governista comanda pelo governador Jatene, 2- Uma coligação  encabeçada pelo PMDB( Helder) e apoiada no PDT, PR e PTB, 3- Uma coligação encabeçada pelo PT(Padilha) apoiada  pelo PP, e outros micro-partidos.

 

Neste cenário, podemos afirmar: as probabilidades majoritárias seriam de haver o segundo turno entre Jatene e Helder. Quem o PT e o PP apoiariam no segundo do turno? Logicamente o apoiado seria o candidato do PMDB. E olha que ainda teríamos uma quarta coligação com pelo menos 5% dos votos estaduais, formada pelo PSOL e PSTU, e que jamais apoiaria  um candidato do PSDB em segundo turno.

 

Conclusão: caso o PSDB opte por um voo  em direção à reeleição em 2014, divorciado dos grandes partidos, este partido chegaria ao segundo turno com altíssima probabilidade de vir a ser derrotado.

 

Portanto, a tática de construção de coalizão de governo em Belém, terá como resultado imediato a capacidade ou não do governador Jatene ampliar ou não suas estratégias eleitorais para 2014. É assim que funciona a democracia eleitoral em qualquer parte do mundo ocidental.

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