Acompanhei pela manhã de hoje (18) as críticas que se fizeram ao encontro do PT com Márcio Miranda do DEM, nas articulações direcionadas à conformação da nova mesa diretora da CASA.

Estranhei e não entendi as críticas. A mesa diretora de uma câmara legislativa deveria, sempre, representar proporcionalmente todos os partidos políticos.

Não deveria assustar ninguém as articulações supra ideológica para a composição da mesa diretora de uma câmara legislativa, seja municipal, estadual ou federal.

Há muito no Brasil, desde a constituição de 1946, não existe mais polarização partidária ou ideológica. É só vermos a base ideológica e legislativa  dos governo Jatene ou Dilma.

Portanto, nada de estranho tem  o fato de os candidatos à presidência da ALEPA vierem a conversar e ter apoio de qualquer dos partidos com representação parlamentar.  Ingênuo é o partido forte que fica fora da mesa diretora de uma CASA legislativa, porque perde poder político e orçamentário.

Ter a composição de uma mesa diretora proporcional ou formada em negociações, em nada dilui as divergências políticas e programáticas entre os partidos.

Mas, ver esquerda e direita, situadas em polo diferentes nas disputas políticas, como o PT e o DEM, não é negativo, é muito positivo para a democracia, pois percebe-se, claramente, que a tolerância política parece que vem se instalando  em nosso país, que sempre foi depositário de intolerâncias partidárias no contexto de oligarquias e ditaduras na maior parte de  sua história.

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