Lendo Wanderley Guilherme dos Santos em Democracia em três D, olho espantado a ação de alguns prefeitos que insistem em concentrar em suas mãos todo o poder decisório municipal.

Segundo o artigo,  dimensão em três D: elegebilidade, participação e institucionalização, WGS  define novas dimensões da governabilidade e conclui que quanto mais o gestor concentra poder, mais instabilidade provoca, pois este se torna o foco de ação de todo os movimentos sociais, parlamentares e partidários.

Em síntese: quanto mais o gestor descentraliza o processo decisório para a periferia do Poder Político,  menos probabilidade existe de instabilidade do governo. Ou seja, quanto mais o gestor transformar o governo em uma democracia poliárquica, quer dizer: com muitos focos de poder decisório, mais o prefeito sofre o impacto direto e imediato das pressões oriundas da DEMOS.

Quando o poder central, na dimensão municipal, estadual ou federal torna-se o foco de todas as pressões oriundas da sociedade, mais os simples conflitos cotidianos ganham dimensão macro, e a gestão vai se corroendo na administração a varejo. O gestor deixa de pensar estrategicamente para administrar o dia a dia, tão somente. É o caos.

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