A presidente Dilma vive um dilema com o PR: o comando nacional do partido  diz que o atual ministro do transporte Paulo Sérgio Passos não é orgânico ao partido. Já os deputados federais do PR preferem a manutenção do atual ministro e vem rejeitando o nome de César Borges, que é o preferido da cúpula do PR.

Os dois grupos disputam e deixam a presidente com  a “batata quente na mão”. Dilma vem sinalizando que optará pela cúpula do partido. Dilma sabe que quem comanda a legenda é a executiva nacional e nas disputas presidenciais os minutos partidários na TV e no rádio são preciosos e quem define os rumos da legenda é a direção nacional.

Este debate interno no PR nos revela um pouco do presidencialismo de coalizão em que vivemos no Brasil.  Estas características nos lembram um pouco dos mecanismos sob os quais um governo parlamentarista  multipartidário monta seu gabinete ministerial. Ou seja, a presidente, mesmo dispondo do poder discricionário de nomear e demitir seus ministros, acaba agindo de acordo com regras informais. Ela admite e demite ministros negociando direto com os partidos que fazem parte de sua base de sustentação parlamentar.

Veja mais o debate aqui:http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-aponta-favorito-para-ministerio-contraria-bancada-do-pr-e-divide-sigla,1014486,0.htm

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