O campeonato paraense está judicialmente paralisado. O superior tribunal de justiça desportivo-STJD suspendeu, liminarmente, o campeonato até que o recurso do Santa Cruz de Cuiarana (Salinópolis) seja julgado pela federação paraense de futebol-FPF.
Todo o imbróglio se originou a partir da exigência do time do interior que solicitava que as regras do campeonato fossem cumprida, ou seja, que todos os jogos da penúltima rodada do campeonato, antes da paralisação, começassem no mesmo horário.
A federação paraense não tomou conhecimento das ponderações do Santa Cruz. Em resposta este clube não compareceu ao jogo contra o paysandú e foi derrotado por W X 0.
O Santa Cruz recorreu liminarmente ao STJD e ganhou e agora o campeonato só recomeça depois que a o tribunal de justiça desportiva da FPF julgar a ação do santa Cruz.
Já se pode prever o desfecho desta batalga judicial: se o Santa Cruz perder recorre ao STJD e o mesmo deve ocorrer se a FPF perder. O resultado final é uma longa paralisação do campeonato paraense com prejuizos certos para Remo e Paysandú.
O que este conflito deixa de lição para os dirigentes da FPF? que é melhor negociar decisões em temas conflituosos do que "passar o rolo por cima". Todos "olham", sem falar nada, até agora, ao presidente da FPF coronel Nunes. Num Estado de Direito não deve-se apostar em decisões unilaterais. O coronel NUnes parece que apostou nesta tática e deu-se tremendamente mal.
Que esta lição sirva para todos aqueles que dirigem instituições que admitem sócios em competição. O perfil de um dirigente de uma federação deve ter no mínimo as seguintes características: temperança, humildade, habilidade e visão democrática na tomada de decisões em temas polêmicos.