É notícia hoje a queda do ministro das relações exteriores Antônio  Patriota em virtude da ação do diplomata brasileiro que coordenou a fuga do senador  boliviano que se encontrava refugiado na embaixada brasileira  há um ano.

Os argumentos que sustentam a demissão de Patriota são irretocáveis: o ministro não dispunha de autoridade frente ao seu comandado (diplomata em La paz) por  não ter tido conhecimento sobre esta operação que envolveu  agentes da polícia federal e até dois fuzileiros navais.

Por certo esta operação, desconhecida pela presidente Dilma deixará sequelas nas relações entre Bolívia e Brasil, além daquelas provocadas pela nacionalização da Petrobrás pelo governo Morales.

Mas, se fosse um senador oposicionista de esquerda preso na embaixada brasileira em um país com governo de direita, qual seria o comportamento do governo brasileiro? O Brasil consideraria ou não este embaixador como perseguido político e lhe concederia asilo político?

De minha parte, defendo a tese de que este senador é um perseguido político e como tal, de acordo com as regras e convenções internacionais, o Brasil deveria já lhe  ter concedido asilo, depois de um ano refugiado na embaixada brasileira em La Paz.  Nossos princípios democráticos e direitos  humanos  não devem estar submetidos á lógicas ideológicas ou partidárias.

O  senador boliviano é ferrenho opositor do governo Morales. Responde por vinte processos e é acusado de corrupção.  Esta temática sem dúvida nenhuma vai tomar conta das rodas políticas no próximo período.  Mas para quem hospedou  o assaltante do trem pagador inglês por quase 30 anos, não pode ser complacente com um senador oposicionista boliviano?

Leia mais: http://noticias.r7.com/internacional/advogado-compara-senador-boliviano-que-fugiu-para-o-brasil-a-snowden-e-assange-26082013

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