Farei uma abordagem inicial de um cenário possível para as disputas senatoriais no Pará. Devo alertar que trabalharei alguns nomes como conjectura, haja vista que  algumas pessoas ainda não começaram se colocar para a disputa, mas que são figuras públicas que podem vir a entrar nestas disputas.

Mário Couto: é o nome natural do PSDB e creio, que ninguém teria coragem que pedir que este senador abrisse mão de sua recandidatura. Seria inábil e deselegante, pois refletiria a priori uma avaliação negativa de suas possibilidades eleitorais e tenderia a provocar um racha a priori no bloco governista.

Nesta disputa vindoura, seguramente, Couto não  terá a enorme  adesão de prefeitos em nível do alcançado nas eleições de 2006, assim como o quadro estadual estará muito polarizado entre PSDB versus PMDB e PT. Por outro lado, existiria uma avaliação negativa, dentro do tucanato de alta plumagem,  das possibilidades   eleitorais de Couto. O nome de Couto poderia paralisar eleitoralmente parcelas importantes da base tucana.
 
Sídney Rosas: Atualmente é secretario especial do governo Jatene.  Não tem visibilidade estadual, de um M.Couto, assim como teria grande dificuldade inicial em alcançar densidade  nas pesquisas eleitorais. Lembremos que a avaliação do governo não tem aceitação homogênea nas  regiões do estado, notadamente: sul, sudeste e oeste. Seria difícil reproduzir “o senador do governador”.

Paulo Rocha: Ainda sente o abalo, nos setores médios das regiões urbanas, os efeitos dos escândalos do mensalão. Fato negativo este que será lembrado por seus adversários políticos, sem contar que o mesmo precisaria ter um forte impulso da máquina midiática do PMDB, que somente será “generoso” na exata proporção da ação pró-Helder da máquina eleitoral petista, notadamente, estou me referindo à esperada ação  dos militantes de base, das tendências, dos mandatos e da máquina federal controlada por petistas no estado.

Beto Faro: Tem uma boa inserção através de seu mandato parlamentar pelos rincões do interior paraense. Nunca disputou uma eleição majoritária.  Contra si existe o fato de ter baixa visibilidade pública perante a percepção popular. Dependeria, em muito, de todo um aparato administrativo, político e orçamentário para que sua candidatura ao senado viesse a ganhar densidade.

Duciomar Costa: Este nome deve se colocar até junho de 2014. Para o bem ou para o mal é enormemente conhecido na região metropolitana de Belém e tem nome no estado, haja vista que já foi eleito senador pelo Pará em 2002.  Eleito e reeleito prefeito de Belém , tem a fama de ser bom de voto. Poderá ser um forte concorrente. Este candidato teria forte estrutura para a disputa eleitoral que se aproxima.

Jefferson Lima: apareceu muito bem nas eleições de 2012 em Belém superando nomes muito conhecidos e passando por cima de máquinas políticas bem azeitadas.  Vem aparecendo com destaque em todas as pesquisas  majoritárias na região metropolitana. Num contexto de enorme fragmentação para as disputas senatoriais poderá fazer grande figura. No limite será ator de destaque num eventual segundo turno para as eleições de governador preparando o caminho para as disputas de 2016 em Belém.

 

Em síntese: o jogo está em aberto na disputa para a única de vaga de senador do Pará. Diria hoje, que o Dudu  e  o nome do bloco oposicionista tenderiam a polarizar esta disputa. Digo isso, por que nos hostes governista não existe um nome de consenso.

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