O consórcio de empresas contratado para a supervisão das obras de macrodrenagem e urbanização da Estrada Nova está sem receber da Prefeitura de Belém há mais de ano, ou seja, o Prefeito faz muita propaganda com as obras mas, nesse caso, não pagou, em toda sua gestão, nenhum centavo à empresa.
A dívida soma quase R$ 3 milhões. Os colaboradores do consórcio estão de aviso prévio e, no dia 2 de janeiro estarão todos desempregados. Ocorre que a obra é financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que avalia a supervisão como de padrão muito bom.
Ao saber da dívida e da possibilidade de saída da supervisora, os consultores do BID consideraram a possibilidade um absurdo e, para evitar o malfeito depositaram recursos suficientes para o pagamento, contudo a PMB, ainda assim, não pagou a supervisora.
Por isso pergunta-se:
1. A quem interessa uma obra do porte dessa sem competente fiscalização? ao governante? À empresa construtora? Ao povo de Belém?
2. Para onde foi o dinheiro depositado pelo Banco Mundial cuja finalidade era pagar a dívida com a supervisora das obras?
3. Haveria, de fato, interesse da Prefeitura em criar constrangimentos para que a supervisora, contratada em processo lícito e com demonstrados serviços de alta qualidade, desista do contrato, por falta de pagamento, para que ela possa contratar uma outra a sua escolha?