Passei uma semana em Pacajá a serviço da UFPA, conheci um povo maravilhoso e sofrido. Talvez esta tenha sido a cidade que mais me causou impacto devido ao abandono em que está submetida pelo prefeito. Creio que o governo do estado devesse fazer uma intervenção, afastar em definitivo o prefeito Tonico Doido e nomear um administrador até novas eleições.
Noventa por cento das ruas, inclusive as centrais são de chão. Gramas mal cuidadas. As casas e estabelecimentos comerciais vivem o drama das poeiras. Creios que as crianças sofrem com doenças pulmonares. A escola onde estivemos estava suja e empoeirada. Salas quentes sob um sol escaldante. Livros do MEC, por falta de espaço, acondicionados nos corrredores sofrendo ação da poeira, do sol e dos respingos de chuva.
A Transamazônica alterna asfalto-cascalho e piçarra. As pontes são um atentado à vida das pessoas e donos de vans e ônibus. O Rio Xingu, que separa Pacajá de Altamira. deve medir uns 200 metros, não tem ponte de concreto, sendo palco de enormes engarrafamentos na travessia de balsa. É a terra arrasada, apesar de ser próspera em pecuária e no comércio. Vejam as fotos desta triste realidade.
Pacajá-Pará: uma cidade desprezada
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