Há 17 anos atrás, os grupos minoritários do PT após serem derrotados em 1993 nas eleições para reitor da UFPA, impuseram uma comissão de ética sobre mim no PT. Motivo: instrumentalização de diárias para atividades políticas. Essa minoria do PT, não contava 10% do partido.

Estes levaram essa discussão para o PT, pois queriam me expulsar de qualquer jeito. Pois bem: após meses de muitos desgastes o PT me suspendeu por 10 meses.

Nesse episódio, eu devolvi os 900 reais em diárias e herdei o único desgaste de minha vida pública, que foi imposto pelo meu querido PT, que eu dediquei mais de 20 anos de minha vida.

Este fato ocorreu em 1994. Só me desfiliei do PT em 2002, por motivos profissionais. Estava concluindo o doutorado e não me sentiria bem sendo um analista profissional, estando filiado a qualquer partido. Eu acabaria por entrar em conflito com o PT, como ocorreu em 2010 e, terminaria por ser expulso.

Pois bem, agora pergunto: Como tem agido o PT frente às graves acusações da grande imprensa sobre as corrupções de petistas no governo federal no Pará e durante o governo Ana Júlia? Quantas sindicâncias o PT abriu frente as graves acusações da Auditoria Geral do Pará?

Quantos militantes foram inquiridos frente aos escândalos do IBAMA, Secretaria da Pesca e o seguro defeso, da SEMA? E assim por diante? Assisti, sim, o PT defendendo, publicamente, os acusados de corrupção da SEMA. Parece que o PT perdeu sua marca e seu discurso construído durante mais de 20 anos.

Bastou um governo estadual e dois governos federais para que o PT viesse a se igualar aos demais partidos tradicionais da política brasileira, fato este evidenciado principalmente no Pará.

Pois bem: vamos considerar os partidos de forma bem funcionalista: o partido nada mais é do que uma ponte entre a sociedade civil e o Estado, recrutador de novas elites políticas e mobilizador eleitoral. Ideologia, coerência? Já era.

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