Em todas as sondagens informais que tenho feito, de interesse acadêmico, uma figura vem aparecendo de forma espetacular, quase inacreditável, é a figura do radialista, apresentador de TV e ex-candidato a prefeito pelo PP, Jefferson Lima. Para vocês terem uma ideia, este nome é o mais citado expontaneamente para as disputas que vai de deputado estadual, federal. Para o senado, detém maioria esmagadora das citações na região metropolitana e domina, por pouca diferença, todo o estado.. Mesmo nas eleições para o governo J. Lima fica entre os três primeiros.
Nas pesquisas qualitativas que tenho procedido sobre o nome de Jefferson Lima observo uma grande aceitação no seio das camadas mais pobre da população e uma super rejeição nas camadas médias e intelectualizadas da sociedade.
A razão da grande rejeição de Jefferson Lima nas camadas médias e intelectualizadas deve-se à péssima lembrança retrospectiva que o eleitorado guarda da gênese e ascensão do radialista e apresentador de TV Wladimir Costa na política paraense. O deputado Wladimir é muito rejeitado pelas classes médias belenenses, e tem muito a ver com seu estilo de “fazer política” pouco apreciado pela intelectualidade.
As classes médias da região metropolitana veem em Jefferson Lima uma espécie de clone do deputado Wladimir Costa, daí a enorme rejeição de Lima neste segmento social. J. Lima tem voz semelhante a Wladimir, é denunciador, semelhante a Wladimir e começa a trilhar no sentido da política como Wladimir, resultado J. Lima é rejeitado pelos segmentos mais esclarecidos da sociedade.
As sondagens indicam que Jefferson Lima será um fenômeno eleitoral dentre os segmentos mais pobres do eleitorado, ou seja, Lima tem densidade própria e não depende de nenhum outro candidato e nem dependerá de máquina administrativa ou financeira. J. Lima deverá obter o famoso voto de opinião de quem não tem opinião, ou seja, do esquecido pelo poder público, do despolitizado, do desideologizado, enfim do lupem proletariado. Aquela massa amorfa de quem nos falou Marx no 18 de Brumário.
Creio que Jefferson Lima deverá neste momento se preparar para ser um novo ator na política paraense. Para isso deverá firmar um perfil republicano que combine governança na tomada de decisão e controle público nos resultados de governo. Enfim, na seara das elites paraenses, está surgindo um filho do proletariado, que se bem preparado pelo seu partido, o PP, poderá trazer novas perspectiva para o povo pobre das periferias, aquele povo que ainda não foi atingido pelos serviços públicos no cotidiano.
Mas J.Lima, que neste momento se propõe a ser candidato ao senado federal, com grandes chances, caso o saiam candidatos Mário Couto e Helenilson Pontes, e caso Paulo Rocha não cresça na região metropolitana, precisará dominar temas complexos de dimensão federal como: O estado Federativo, Pacto Federativo em dimensões política, econômica, educacional, saúde, saneamento etc. Assim, como toda a arquitetura teórica do Estado brasileiro. A tarefa não é fácil para quem está debutando na atividade política de forma competitiva.
Mas J.Lima é bom de voto e com certeza saberá enfrentar suas deficiências teóricas e polítics. Tomara que com sua prática venha a convencer os segmentos médios e intelectuais de que pode ser sim, um republicano e venha quebrar o preconceito wladimiriano de que está acometido.
Bem vindo ao mundo da política Jefferson Lima
Tenho dito.