Os prefeitos das maiores cidades do Pará Zenaldo Coutinho ( Belém ) e Manoel Pioneiro (Ananindeua) estão fundamentalmente ancorado na avaliação que seus munícipes farão do resultado de seu governo. Não precisa ser adivinho para afirmar que estes dois políticos sonham em disputar o pleito governamental de 2018, como candidato do governador Simão Jatene, ou seja, candidatos da máquina de governo.
As eleições de 2014 revelaram que o eleitor decide com base em uma avaliação consolidada do desempenho do governante em seu quadriênio de mandato. Não adianta marketing eleitoral se este não estiver firmemente ancorado em resultados de governo. A conquista de uma avaliação positiva pela maioria de um sociedade municipal exige enorme capacidade geopolítica, pois os recursos públicos sempre são escassos, e a questão central é como sensibilizar a maioria dos grupos sociais totalizando 50% mais um de avaliação positiva.
Além da visão geopolítica baseada em informações perfeitas o governante deve priorizar recursos direcionados a segmentos e grupos sociais que venham a totalizar a perspectiva de atingir a maioria do eleitorado de um município. Definitivamente, a classe política deve trabalhar permanentemente com especialistas em competição eleitoral.
Mas, voltando aos objetivos imediatos de Zenaldo e Pioneiro, que seria a reeleição em 2016, parece que estes objetivos não estão satisfatoriamente perceptíveis. Os três S prometidos por Zenaldo ainda não estão sendo percebidos na cidade. As mesmas dificuldades encontradas em Belém se ampliam em Ananindeua. Todo governo de grande cidade costuma construir macro coligações, mas que não são garantias de vitórias eleitorais.
Caso os dois governantes (Zenaldo e Pioneiro) consigam ser percebidos favoravelmente pela população, ainda assim o jogo sucessório ainda reserva macro desafios a estes prefeitos incumbentes. Como estará a disposição do governador Simão Jatene em turbinar estes dois mandatos? Jatene entrará firme e sincero neste jogo sucessório? Caso Jatene entre no jogo, qual destes dois candidatos será decisivamente turbinado em 2016?
Esta resposta tende para ser negativa frente a possíveis gastos de Jatene nas eleições de 2016 e 2018. Nossas pesquisas científicas mostram que os governantes em final de mandato estão mais preocupados em fechar suas contas e verem-nas aprovadas pelos órgãos de controle, do que investir atabalhoadamente num candidato, e virem a comprometer suas histórias, sua honra ou seus futuros políticos.
Portanto, Zenaldo e Pioneiro tem mega desafios frente a seus futuros políticos em direção ao governo estadual. O primeiro macro desafio será vencer a eleição de 2016. O segundo desafio é virar o candidato preferencial do governador para 2018. E o terceiro desafio é ver o governador Jatene jogando “pesado” orçamentariamente em favor de seu candidato nas eleições de 2018.
Sem falar que os tucanos estão há muito governando o Pará, e nas eleições de 2014 houve uma eleição “rachada” entre situação e oposição. Portanto, 2018, mais do que nunca será uma eleição de alternância, tanto no plano estadual como federal, como ocorreu nas eleições de 2014. Será que os tucanos terão a “virtu”, que é aquela capacidade descrita por Nicollo, de reverter situação desfavoráveis e manter o comando do governo, como fizeram com brilhantismo em 2014, no plano estadual?
É esperar para ver.