No mês de maio fiz uma pesquisa em Belém e Ananindeua sobre avaliação de governo. Em todas estas pesquisas as avaliações negativas  dos governos federal, estadual e municipais chegaram a níveis estratosféricos. Ou seja, a somatória das avaliações negativas (RUIM e PÈSSIMO) foram entre 65% e 70%.

Já as avaliações positivas (BOM e ÓTIMO) não ultrapassaram os 10%. Sendo que Dilma e Zenaldo não chegaram aos 8.5% de avaliação positiva. Jatene e Pioneiro chegam a 9% de avaliação positiva.

Confesso. Nestes anos que acompanho as intenções de votos  no Pará jamais assisti uma avaliação negativa tão agigantada de governantes  neste patamar de importâncias que estas cidades e Estado representam na geografia do poder no Pará.

O que significa este grau de avaliação negativa destes governos?

Dilma sofre as consequências de três fenômenos: 1-o questionamento de sua legitimidade devido ter afirmado uma direção para a economia na campanha eleitoral de 2014 e depois vir a implementar remédios tucanos para controlar os desajustes das contas públicas, 2-O aperto econômico que a sociedade, especialmente a classe média vem sentido, notadamente nos juros escorchantes, e 3-A junção do desgaste entre a crise econômica com o mega-escândalo da Petrobrás atribuído ao  partido governante, que é o PT.

Simão Jatene paga o preço de ter  ganho uma eleição baseado numa tática eleitoral que minimizou sua avaliação de governo e centralizou-se-se na demonização do adversário. O mal governador do quadriênio 2011-2014 travestiu-se de anjo e ganhou o voto dos moralistas cristianizados representados pelos “éticos” da candidatura Jatene.

Ou  seja, Jatene não teve direito aos 12 meses de lua de mel com o eleitorado que todo governante tem. Passados as eleições, sua avaliação de governo só vem piorando. A percepção de que nosso Estado está sem piloto agrava-se a cada dia aos olhos do eleitorado.

 Pioneiro  e Zenaldo seguem, também, uma trajetória espetacular de avaliação negativa de governo.  Todas as políticas de  segurança, saúde, educação saneamento, mobilidade urbana e políticas sociais compensatórias recebem rejeição acima de 80%.  Nestes municípios a população percebe como governos completamente paralisados.

 Estes governos contam apenas com 5 meses do verão de 2015 em nossa região metropolitana. O primeiro semestre de 2016 é marcado por chuvas, onde as famosas obras de fachadas, como aterros e a pintura com asfalto sonrizal (aquele que se dissolve na chuva) fica praticamente impossível.

Não, não creio numa escatalogia irreversível em política. Mas lhes digo, retirar estes dois pacientes da UTI política é missão para “TOM CRUIZE”, Afinal, Duciomar se reelegeu em 2012 com rejeição inicial de 60%, há um anos das eleições. Porém existe um diferencial: Dudu jamais  teve menos de 25% de avaliação positiva, e contava no primeiro governo  com mais de 1200 ruas asfaltadas e drenadas nas periferias de nossa cidade, sem falar dos resultados de governos, que eram mais perceptíveis.

Uma coisa parece certa: no espaço municipal apesar de termos recursos, como nunca tivemos antes para saúde, educação e segurança, nada funciona em nossas cidades. Estamos vivendo uma crise de gerenciamento de pessoas e serviços nunca visto em nossa história recente. Não existe gestão nos postos de saúde, Saúde da família, no trânsito e na maioria das escolas públicas.

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