A violência por ser um a consequência das desigualdades históricas no Brasil é uma produção social, ou seja, se 10% de brasileiros controlam 46% da renda nacional, 75%
das terras estão nas mãos de grandes empresas e empresários, então compreende-se o porquê do inchaço das regiões metropolitanos e a fabricação em série de populações vulneráveis e sujeitas ao vale tudo das organizações criminosas.
O remédio contra violência deve congregar de forma concomitante ações imediatistas e de médio longo prazo. No curtíssimo prazo deveria-se mapear as famílias ultrafragilizadas e seus bairros e iniciar no curtíssimo prazo um programa de oferecer um ofício capacitando jovens e mantenedores dos lares para a sobrevivência. No período destes cursos de marido de aluguel, por exemplo, digamos, por seis meses, estas pessoas, de ambos os sexos, deveriam receber uma bolsa manutenção, mais vale transportes.
Enquanto se executa estas medidas iniciaria-se um luta para que o governo federal financiasse um programa intersetorial de resgaste dos mantenedores das famílias unindo ações integrada nas áreas de: assistência social, psicológica, emprego e renda, saúde, educação em tempo integral a estas crianças e adolescentes e saneamento das regiões que agregam estas pessoas.
Paralela a estas ações de médio e longo prazo há que se pensar de forma global o aparelho de segurança pública: salários decentes, conjunto militares aos policiais civis e militares com recursos de PAC, plano de cargos e carreiras, qualificação profissional e ação ostensiva na cidade acompanhada da necessária ação de inteligência estratégica.
Assim começaríamos a recuperar a ordem nas cidades. Só o Estado pode produzir a ordem com políticas públicas estruturantes. A polícia não produz ordem, a polícia mantém a ordem. Querer que a polícia recupere a ordem...é demais.