Não podemos comparar a situação dos municípios brasileiros antes e após a constituição de 1988. Apesar dos municípios "abocanharem" hoje apenas 18% do bolo tributário nacional é uma situação completamente diferente dos tempos pretéritos. Hoje chega recursos objetivos para educação e saúde aos municípios.
Mas a relação município -cidadão é precária: o acesso aos serviços públicos é sempre difícil e quando se acessa temos reclamações aos "montes". É o médico que nem sequer se dispõe a encarar o paciente, é o atendente mal humorado é o professor "enrolão".
Seja na esfera do governo estadual, através de escolas e hospitais, seja na esfera municipal, os serviços não acontecem como o esperado, principalmente na dimensão preventiva e de proteção à saúde.
Parece que o problema de gestão deve assumir a dimensão de questão central na agenda de governo. Temos aparelhagens, temos funcionários, temos recursos, mas as coisas parecem que não acontecem lá na ponta, onde vive o cidadão, na esfera municipal.