Hoje o governo federal dispõe de uma ampla gama de projetos e programas voltados para o ensino básico (fundamental e médio). Estes projetos não precisam de contra partida municipal, e muitos deles são de fato acessados pelas prefeituras municipais como o programa de ações articuladas, dentre eles o programa de formação continuada de professores e o pró-jovem urbano e rural.
Programas como o pró-jovem somente são controladas pelo cadastramento da população alvo. Não há controle na saída do programa, este fato gera amplas chances de corrupção. Tem município que prestou contas de quase duas dezenas de turmas, mas tão somente duas turmas existiram.
Os alunos normalmente ficam calados, pois não querem perder a bolsa mensal de 100 reais para quem está inscrito no pró-jovem. Assim é possível que pessoas corruptas associadas com gestores municipais cheguem a se apropriar de até 70 mil reais por mês durante a execução deste programa.
É fato, a formação continuada é muito incipiente no Pará, e onde acontece os professores que ministram estes cursos recebem quantias irrisórias. Os valores destinados ao programa de formação continuada se originam diretamente dos recursos do FUNDEB.
Uma coisa é certa: para que um prefeito apresente rendimento aceitável na educação é necessário o recrutamento de uma equipe especializada em construção de projetos especializados para que ocorra a captação destes recursos. Caso contrário, o governo vai ficar "chupando o dedo". O Pará ostenta o pior ensino fundamental e básico do Brasil.
Veja, aqui, alguns dos programas disponibilizados pelo MEC aos municípios brasileiros:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17429&Itemid=817