Grupo intervencionista articula novo golpe na Uepa
A chapa continuísta, apoiada pela interventora Marília Xavier, tenta mais uma vez golpear a democracia interna da Uepa ao entrar com ação na Justiça tentando impugnar a chapa VirAÇÃO do processo eleitoral que vai escolher reitor e vice da Universidade do Estado do Pará. Os argumentos usados na ação que tramita na primeira Vara da Fazenda Pública de Belém são completamente sem fundamentos. A ação alega que a candidata à reitoria, Ana Claudia Hage, não tem dedicação exclusiva à Uepa e que a chapa teria sido inscrita após o prazo determinado pela Comissão Eleitoral. A ação foi divulgada em matéria veiculada na imprensa nesta quarta-feira, dia da votação, numa tentativa de tumultuar o processo.
A coordenação da campanha ReHage Uepa explica que o artigo 6º do Regimento Eleitoral, usado como fundamento para ação, não exige dedicação exclusiva para ser candidato a reitor. Exige sim, dedicação exclusiva para o exercício do cargo. Entretanto, a atual reitora da Uepa, a médica Marília Brasil Xavier, tem consultório particular. Ao tomar posse do cargo de reitora da Uepa, a professora Ana Claudia Hage vai se licenciar de outras atividades profissionais e se dedicar exclusivamente à reitoria, como determina o Regimento.
Em relação ao outro argumento, o movimento ReHage Uepa informa que houve dois prazos de inscrição. No primeiro, foram inscritas e homologadas duas chapas: a de Ana Cláudia Hage e Laura Vidal e outra encabeçada pelos professores Juarez Simões e Rubens Cardoso da Silva. O artigo 6º do Regimento Eleitoral diz, explicitamente, que os candidatos de exercerem cargos comissionados na Uepa precisam renunciar no momento da homologação da candidatura. Acontece que depois de ter homologada a candidatura da chapa, o professor Juarez participou de reunião do Conselho Universitário (Consun) como pró-reitor. Desta forma, estava infringindo o Regimento e estava inelegível.
Ao perceber o deslize, o professor Juarez retirou a inscrição da chapa dele. Em outra reunião do Consun, numa manobra política, o período de inscrições foi reaberto. Neste novo prazo os professores Juarez e Rubens se inscreveram novamente em uma chapa com nome diferente da anterior. Foi nesse novo período que se inscreveu também a chapa “Novos Tempos”, que tem como candidatos Moacyr Palmeira e Neivaldo Silva.
O novo prazo foi claramente um golpe. A inscrição das chapas, que já haviam sido homologadas, não foi cancelada. A retirada da inscrição da primeira chapa do professor Juarez foi necessária para que a situação dele fosse regularizada. Portanto, não procede o argumento de que a chapa VirAÇÃO se inscreveu depois do prazo.
A matéria veiculada na imprensa é uma tentativa de confundir a comunidade universitária. A chapa não recebeu nenhuma notificação da Justiça e está concorrendo às eleições dentro do que determina o Regimento Eleitoral.
Desde o início, há uma tentativa deliberada de tumultuar o processo. A comissão eleitoral é claramente tendenciosa e atende aos interesses do grupo interventor, acatando todas as recomendações feitas pela chapa continuísta. Representantes da Comissão nas unidades, como o CCBS, estão permitindo que médicos votem sem apresentar documento oficial de identidade e também estão se reusando a registrar em ata os pedidos dos representantes da chapa VirAÇÃO. Essa atitude demonstra o desespero deles ao perceberem – pelo movimento na universidade e por pesquisas – que a candidatura Ana Claudia Hage e Laura Vidal sairá vitoriosa. ReHage Uepa!