No final de setembro passado, divulguei a primeira enquete estadual para a sucessão de governo. Aliás,  faço isso desde 2010. Entendo que minha missão é informar aos interessados, principalmente no mundo virtual,  o andamento da percepção popular sobre a sucessão de governo nas esferas municipal e estadual.

Quando divulguei minha primeira sondagem para 2014, o mundo quase veio a baixo. Amigos do governo estadual reclamaram de que eu deveria informar previamente o governo do resultado da pesquisa. Do  outro lado, o empresariado começou a enxergar a candidatura do PMDB de forma mais respeitosa.

Os “amigos” do governo começaram a ‘detonar meus achados. Alegaram que a amostragem era insignificante. Imaginem, é um mestre em estatística quem assina embaixo de minhas amostragens.

Não há dúvida,  o Brasil está bi polarizado, de um lado os sociais democratas do PSDB e de outro lado os socialistas do PT. No Brasil socialdemocracia rima com liberalismo e socialismo rima com socialdemocracia. No Pará, o PMDB, após 20 anos, assume a posição de ator central, após o vexame político e administrativo do governo petista de Ana Júlia.

No Pará, agora o embate é entre PSDB e PMDB. Os blocos partidários, midiáticos e sociais estão transitando entre estas duas macro coligações para o governo do Pará em 2014.  Quem ousar dar uma opinião que desfavoreça um dos lados será imediatamente massacrado.

Este embate do século XXI no Pará reascende a antiga bi polarização da política estadual, desde a república velha, onde lauristas e lemistas se enfrentavam. Após a década de 1930 eram baratistas versus anti baratistas. Durante a Ditadura de 1964 eram jarbistas e alacidistas. Com a redemocratização é a disjuntiva governo versus oposição materializada através de duas macro coligações adversárias. Este fenômeno começa a recrudescer   com o governo Ana Júlia a partir de 2007 e prossegue a partir de 2011 com o segundo governo Jatene.

No final de dezembro devo apresentar uma segunda sondagem estadual sobre a sucessão para o governo estadual. As  sondagens, por mim denominadas de enquetes, representam pesquisas experimentais, que materializam  estudos científicos em curso e que só poderão ser validadas a partir dos resultados das eleições de 2014. Uma coisa é certa: meus trabalhos tem acima de tudo compromisso com metodologias científicas, inovadoras, cujos resultados não podem ser “negociados” com as duas macro coligações em disputa.

 

Portanto, aguardem, sempre sondagens periódicas. Que os interessados as consumam como pesquisas experimentais e sejam cautelosos em produzir análises a partir dos resultados de minhas enquetes. Não tenho o menor receio de vir a ser achincalhado pelos blogs e redes sociais apaixonadas por este ou aquele candidato.

 

Compartilhar
FaceBook  Twitter