A sucessão de 2014 promete ser a mais sectária e passional na história recente do Pará. A disputa deve ser bipolar, de fato, desde o primeiro turno desta contenda eleitoral. De um lado o PSDB, que  dos últimos 20 anos, permanece  16 anos de comando do estado. De outro o PMDB, que depois de 23 anos, dá última vitória de Jáder ao governo do estado, em 1990, se apresenta para a disputa, com poder efetivo de competição eleitoral.


Mesmo que venha a surgir uma terceira candidatura, dificilmente a bipolaridade será  quebrada. O segundo turno deverá se realizar no primeiro. Caso uma terceira candidatura não venha a ter pelo menos 5%, a eleição poderá ser decidida, já,  em primeiro turno.

Nestas eleições vindouras, haverá pouco espaço para as neutralidades. De um lado o bloco governista com sua coligação partidária, parlamentar e midiática, de outro, a oposição capitaneada pelo PMDB com seus partidos aliados, com destaque especial para o PT e com uma formidável base parlamentar, midiática e social. A coligação governista conta fundamentalmente com a máquina e governo e a oposição conta, prioritariamente, com um azeitado discurso condenatório da gestão em curso.

Neste embate, os analistas, como eu, sofrerão diuturnamente pressões em torno de suas opiniões e pesquisas. Quando um comentário ou tendência eleitoral favorecer os governistas a oposição questionará vigorosamente a metodologia da pesquisa e a idoneidade política e moral do autor. O mesmo deve ocorrer quando a tendência vier a favorecer a oposição. Este é o mundo das disputas políticas.

Recebi recentemente ataques pessoais, que ofendem minha honra, em um determinado blog. Não tenho dúvida, a origem destes ataques é proveniente de atores eleitorais de 2014. Afinal, quanto mais minha imagem pública estiver detonada, menos, minhas análises e opiniões serão levadas em conta. Ahhh, o dono deste famigerado blog nunca teve problema pessoal comigo. O que me leva a concluir que estes ataques foram encomendados. Mas, para resguardar minha honra, estou processando este blogueiro-mercenário, e já estou obtendo sentenças judiciais favoráveis.

Desde as eleições de 2010 venho oferecendo informações privilegiadas à sociedade paraense, e em especial, aos belenenses. Os blocos partidários e de governo, que antes detinham o monopólio das informações eleitorais estratégicas devem estar se sentindo invadidos por minhas pesquisas e análises inesperadas. Este é m serviço de socialização das informações políticas.

Gostaria muito que em nosso estado, instituições como  FIEPA, FAEPA, Vale, e outras instituições financiassem pesquisas eleitorais capazes de orientar a sociedade sobre as intenções de votos. Estas informações permitiriam à sociedade despotencializar uma determinada candidatura indesejada e potencializar outras. Mas o Pará ainda não conta com este nível de civilidade e compreensão democrática de nossa sociedade  civil burguesa.

Creio, firmemente, que estas instituições teriam enormes dificuldades de assumir tal posicionamento, devido a dependência estrutural aos governos que a sociedade civil empresarial do Pará está submetida. Então, que grupos sociais e empresários individualmente assumam esta luta pela informação. Neste momento me encontro só, junto com meus mestrandos e graduandos nesta tarefa, cara e trabalhosa, de socializar informações eleitorais com nossa sociedade. Mas a luta continua, e iremos em frente.

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