Hoje estive no Departamento Estadual de Trânsito- DETRAN. Nesta ocasião recebi a queixa de funcionários de carreira que manifestaram enorme preocupação de que o DETRAN volte a cair nas mãos de políticos profissionais. Só para recordar, o DETRAN passou nos últimos anos por enormes conturbações. Foram greves e denúncias sistemáticas de corrupção envolvendo a alta cúpula do órgão.
No ano passado, o governador do estado encontrou uma solução que veio acalmar os ânimos neste órgão público, a nomeação de uma funcionária de carreira veio atender dois objetivos centrais naquele momento: apaziguar os ânimos com a categoria que via-se secundarizada por “paraquedistas” que ocupavam cargos técnicos, mas que não tinham formação técnica necessária e de outro esmaecer as denúncias de corrupção.
Passados o período de turbulência parece que o DETRAN reencontrou seu caminho, a ocupação de toda a direção do DETRAN pelos funcionários de carreira parece que foi o santo remédio para os amenizar efeitos entrópicos que vinham sendo causados pelo politicismo exagerado dos cargos públicos desta instituição com resultados desastrosos para o serviço público e para as finanças do órgão.
O DETRAN deixou de ser deficitário e passou a ser superavitário. A paz interna foi alcançado e este órgão deixou as páginas policiais. Passados pouco mais de um mês da reentronização do governador Jatene, os boatos indicam que a cúpula tucana quer repassar o DETRAN para pessoas que desconhecem o funcionamento da máquina técnica e administrativa que é o DETRAN.
Fala-se a boca pequena que um policial civil graduado está sendo “costurado” para assumir o órgão. Os funcionários encontram-se apreensivos. Os tucanos já teriam batido o martelo, e parece que mais uma vez o caos começa a retomar seu caminho à frente do DETRAN. Este órgão é essencialmente técnico e assim deveria ser tratado pelo governo.
Parece que a crença dos tucanos menos graduado começa a se apagar. Todos acreditavam que este quarto governo Jatene seria a expressão de uma gestão voltada para resultadas. Os políticos teriam seu espaço, faturariam em cima das obras do governo, mas os cargos seriam ocupados por gente especializada nas áreas essencialmente técnica. Seria mais um estelionato eleitoral?