Num sistema político que admite segundo turno, o primeiro turno deveria servir para que os partidos apresentarem-se em sua "pureza" político-ideológica para que a população

fosse educada politicamente. Cada legenda deveria expressar seu ponto de vista sobre os problemas mais prementes da população e suas propostas para enfrentá-las.

Enfim, deveríamos ter uma eleição que privilegiasse a discussão pública em torno dos temas mais candentes para a sociedade e que pudesse ser um terreno fértil para esclarecimentos, discussão e tomada de posição.

Os partidos deveriam combinar propostas de curto e médio prazo com   propostas de longo prazo como os planos decenais e bi-decenais, visando pensar o município a longo prazo e "amarrar" futuros governantes a partir de um planejamento estratégico voltado para temas como: municipalização do crescimento e desenvolvimento econômico, criação de uma classe  empreendedora em escala municipal, diretrizes para a implantação da indústria da biodiversidade e de ecoturismo a partir do município, criação de um sistema de segurança municipal.

Todo este projeto deveria ao final envolver os governos federal e estadual, além da multiplicação da base de arrecadação financeira do município. O IPTU que hoje é negligenciado na maioria dos municípios paraenses deveria ser buscado como um dos financiadores fundamental para a manutenção dos serviços básicos municipais, como a pavimentação e drenagem asfáltica, por exemplo.

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