Não há dúvida, este plebiscito costurado nos corredores do congresso interessa diretamente à elite política de Carajás e Tapajós e que passou a ganha o apoio entusiasta do
povão de Santarém e das regiões sul e sudeste do Pará. Falta os separatistas dizerem ao povão que de toda a população do sul, sudeste e oeste do Pará, apenas 3% serão diretamente beneficiados, quais sejam: as novas vagas ao funcionalismo dos três poderes e o titulares do legislativo, do executivo e do judiciário. Os 97% continuarão chupando o dedo, uma vez que os estados federados não passam de ficção jurídica e que o cidadão vive no município e que estes não possuem capacidade de investimento social e econômico.
Caso venhamos a imaginar que Tapajós gastaria 50% de seu PIB com a máquina e que Carajás gastaria 30% de seu PIB somente com a máquina. Notem bem, não é 30% de tudo que arrecada, é 30% ou 50% de toda a sua riqueza industrial, de bens e de serviços. Então podemos concluir que não haverá recursos para construção de escolas, hospitais regionais e estadual, saneamento, drenagem e pavimentação asfáltica. Enfim, o zé povinho que habita os municípios está de fora dos cálculos das elites políticas separacionistas.
Caso os separatistas em sua posição de dividir territorialmente o Pará tivessem sido mais generosos com o Pará remanescente, talvez tivessem mais facilidades em conquistar apoio no norte, nordeste e nas regiões centrais do estado. Não, os separatistas querem levar de nós: a maior província mineral do mundo. A maior usina hidrelétrica do Brasil, a de Tucurui, e ainda mais, levar Belo Monte. Sem dúvida ninguém pode dizer que os separatistas não são gananciosos.