Nos regimentos internos do PT está previsto que quando existir mais de um candidato pleiteando representar o partido em uma disputa para o executivo deve-se realizar
prévias internas para a escolha do candidato. Assim as bases do partido mediariam o conflito.
Agora parece que a história está mudando. Antes, a expressão das bases era sinônimo de vitalidade partidária, agora é sinônimo de exposição indevida do partido perante à sociedade e a seus adversários. Nada como um dia atrás do outro. Parece que Robert Michels estava mesmo certo: o destino de todas as organizações é o controle oligárquico irresistível por parte da cúpula dirigente.
O fim das prévias em São Paulo, quando existiam pelo menos quatro candidatos pleitando a vaga de candidato petista à prefeitura de São Paulo é a prova insofismável desta tendência oligárquica que assola o partido. Isto fica fica mais evidente quando a direção nacional petista apresenta o acordo de São Paulo como o modelo para o Brasil.
Parece que o PT fez o caminho da sociedade civil ao Estado e agora está fincando o pé no Estado e esquecendo progressivamente da sociedade civil. Este é melhor caminho para que o PT se transforme em partido Catch all ou meramente eleitoral.