De acordo com a teoria política o perfil do tamanho dos partidos que controlam o poder legislativo informa por sí só o grau de fragmentação partidário parlamentar desta instituição e como tal, o custo da governabilidade.
O maior partido da Câmara dos Deputados é o PT, que possui 18% de representação parlamentar. Um partido para ser considerado grande do ponto de vista parlamentar deve possui pelo menos 20.01% dos assentos parlamentares.
O parlamento brasileiro é dominado por médios e pequenos partidos, o que revela a enorme dificuldade de um governo atingir, com coerência ideológica as maiorias absolutas, para votações ordinárias, e qualificada para obter maiorias constitucionais.
Desde João Goulart e Collor de Mello nenhum executivo ousa desconhecer o poder político do congresso nacional. Agora imaginem quanto custa este tipo de governabilidade partidário-parlamentar no Brasil?
Não adianta achar que um governo popular, de esquerda ou direita poderiam governar, implementando um programa de governo coerente: como ser coerente, se para obter maiorias no congresso é preciso juntar do PR ao PC do B? do PSD ao PT?
Como já dito em outro texto, os parlamentares dependem do executivo para atender deficitariamente seus distritos de clientela, então as decisões congressuais importantes, serão sempre postergadas e envolverão difíceis negociações, é só verificarmos as polêmicas do novo código florestal, ainda em curso.
Queremos mudar, então façamos uma reforma política: duvido que um congresso incumbente, faça este tipo de mudanças nas regras do jogo.