Venho falando desde o pós junho de 2013 que aquelas memoráveis jornadas representaram a entrada em  cena, no Brasil, da sociedade civil do século XXI. Este mesmo fenômeno, por outras motivações já haviam varrido o oriente médio e a África com a primavera Árabe. Nestes países ditatoriais, foi uma luta pela primeira geração de direitos, ou seja, a proteção do indivíduo e da sociedade contra o arbítrio do governante absoluto.

O cenário que começa a ser descortinado  no meio político paraense no que concerne às eleições senatoriais, já nos autorizam a produzir algumas especulações  sobre os possíveis arranjos das forças políticas e as prováveis consequências  eleitorais.

O PMDB, após ficar 20 anos longe da cabeça do governo do estado do Pará, aposta todas as fichas em retomar o comando político e administrativo do estado. O objetivo desta breve análise é tentar apresentar um conjunto de argumentos que possam estabelecer parâmetros para projetarmos as possibilidades do PMDB nestas eleições.

Reproduzo em baixo postagem do blog  Bacana, onde busca-se meter uma cunha entre o Pastor Josué Bengtson e o candidato Duciomar Costa. Aproveito e analiso a lógica de competição partidária baseada na metralhadora giratória de aliados da candidatura Helder do PMDB.

Nesta quinta feira passada (03)  a direção nacional do PTB, através de seu site oficial apresentou o nome do ex-prefeito de Belém entre 2005 e 20012 como eventual candidato ao governo do Pará nas eleições próximas.  Estranhamente, neste sábado, nenhum grande jornal da terra comentou este fato, que por sí só, é relevante, uma vez que um nome com densidade eleitoral na capital se apresenta para a disputa.

A partir desta semana começarei a apresentar  breves análises em torno das possibilidades eleitorais dos principais candidatos ao governo do Pará: Jatene, Helder e Dudu. De início, quero alertar de que não pretendo me  ater aos aspectos morais desabonadores que regem  os discursos apaixonados de apoiadores e opositores de cada candidato. Quem oferece denúnciia por atos de peculato é o Ministério Público e quem julga é o poder judiciário. Parece-me que nenhum dos três candidatos tem processo transitado em julgado, portanto, ninguém ainda foi considerado culpado pela justiça.

Democracia. Lutei por ela. Gosto dela. E lutarei para conservá-la.  Democracia é assim mesmo. No  início somos enganados pelos belos discursos. Depois, exigimos  resultados de governo, para eleger um representante. Em seguida queremos obras mais complexas. A universalização de educação e saúde, já representam  uma luta mais conscenciosa,  de uma sociedade  mais cidadã. Finalmente,  com a conquista da equidade, ou seja,de  uma sociedade de classe média,   exigimos, de forma coletiva governantes de alta estirpe social e ambiental,  e que pense estrategicamente nossa cidade, e nosso País.

Domingo é um bom dia para percebermos o grau de polarização política que está em curso no Pará, no contexto da sucessão estadual que se aproxima. Não precisa ser pitonisa para saber que estas serão as eleições mais sectarizadas da história política recente  em nosso estado.