BRASÍLIA - Nos últimos 12 meses, quatro em cada cinco brasileiros mudaram de hábitos por causa da violência. Como resultado direto, também é cada vez maior o número de pessoas a favor de punições maiores, incluindo pena de morte, prisão perpétua e diminuição da maioridade penal. Em alguns casos, defende-se até a violência policial. É o que mostra pesquisa CNI/Ibope sobre segurança, feita em julho, com 2.002 pessoas em 141 cidades:  (Fonte- Estadão).

60% concordam com penas alternativas para crimes menos graves
- 57% acreditam que não haverá redução da criminalidade com a legalização da maconha
- 65% dos entrevistados concordam com a proibição de venda de bebidas alcoólicas após a meia-noite para reduzir índices de violência
- 53% são favoráveis à privatização dos presídios

Esta pesquisa demonstra que as pessoas ainda acham que o remédio para a violência se resume a emergência de um Estado Penal.

Todos sabemos que a alma da criminalidade é social: 10% dos brasileiros controlam 46% da renda nacional: esta é a nossa herança Colonial,  Imperial e da República Velha.

Para o enfrentamento estratégico desta problemática, deveríamos  combinar  ações de curto prazo de ordem policial ( ações repressivas e preventivas) e um plano de emergência voltada para os adolescentes para disputá-los com as organizações criminais. Em longo prazo deve-se articular macro políticas sociais de ordem preventivas como: distribuição de renda, escola de tempo integral e a criação da  bolsa mãe de aluguel, que visaria educar as crianças, até cinco anos, em casa, que ficam sós em casa enquanto a mãe trabalha. Nestas famílias da periferia, o pai normalmente já abandonou a família.

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