Na ordem do dia da discussão política está as questões que envolvem a candidatura Lula, ou não, à presidência da república. Parece que existe consenso de que Lula é a principal expressão política brasileira desde a redemocratização brasileira de 1985. Hoje o dilema envolve a possível condenação de Lula em segunda instância pela justiça federal, o que a priori o tornaria inelegível para as eleições de 2018.

O controle inflacionário e a queda dos juros, apontam para uma agenda que em muito favorecerá quem souber surfar na onda da insegurança  e da corrupção que vem dominando a atenção popular nos últimos 3 anos no Brasil. Assim, muitos políticos medíocres estarão “travestidos” de Santos e Xerifes, mesmo que na realidade não passem de hipócritas.

*[1]Edir Veiga

As eleições de 2018 no Brasil será diretamente influenciada pelos acontecimentos políticos que emergiram nos últimos quatro anos no mundo ocidental e no Brasil tendo como pontos de referências, no plano externo, a mundialização das relações econômicas e políticas e seu reflexo nos Estados nacionais e a crise do ciclo dos governos sociais na Europa, EUA e América do Sul.  No plano interno, a operação Lava Jato, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e a ascensão de Michel Temer ao governo central.

As atividades clássicas de um parlamentar se materializa em legislar, fiscalizar o poder executivo e defender a sociedade. Há muito estas funções clássicas foram mitigadas. Hoje os parlamentos e governos vivem a simbiose materializada na barganha que proporciona às maiorias parlamentares para que os chefes dos executivos governem sem constrangimentos e em troca os parlamentares recebem emendas, convênios e serviços que são dirigidos para as suas bases municipais.

Pelas oposições parece que dois nomes estão bem encaminhados para a disputa governamental de 2018. Helder pelo PMDB e Úrsula Vidal por um bloco de centro-esquerda deverão estar nas disputas de 2018. O PT está mergulhado num debate interno em torno de sua tática eleitoral. Os grupos majoritários tendem a acompanhar a posição do deputa Paulo Rocha e apoiar a candidatura do PMDB desde o primeiro turno enquanto a minoria partidária defende candidatura própria ou aliança oposicionista  com partidos de centro esquerda.

Já é do conhecimento da comunidade política paraense as divergências  entre o governador Simão Jatene e o vice governador Zequinha Marinho. Estas divergências vieram a público quando o governador Jatene externou ao vice-governador sua estratégia para a eleições de 2018.

Todo o conhecimento produzido pela humanidade, multiplicou-se em escala exponencial nos últimos 30 anos. A revolução científica e tecnológica iniciada a partir do início da década de 1980 não para um só dia. Inventos fantásticos no campo da eletroeletrônica, informática e robótica ficam obsoletos em questões de meses.

Ao longo dos estudos e pesquisas no campo das ciências sociais e em especial da ciência política foram buscados diversos modelos explicativos para os fenômenos sociais e políticos. Existem modelos que explicam as causalidades sociais como sub produto das relações econômicas (estruturalismo). Outros modelos enxergam a sociedade como um grande sistema compostos por subsistemas articulados entre sí (funcionalismo). Temos modelos que explicam os fenômenos sociais e políticos como resultados de causas principais e secundárias (sociologia tocquevilleana). Assim como, há escolas teóricas que explicam o jogo social e político como resultado de múltiplas interações sociais (sociologia weberiana),  e assim por diante.