Em 28 de outubro de 2018 as urnas anunciaram o retorno do clã Barbalho e do MDB, ao governo do Pará, após 28 anos, materializado na vitória eleitoral de Helder Barbalho. A vitória desta família finaliza a longa quarentena política que o povo do Pará submeteu o MDB em relação ao poder político estadual, cuja última vitória governamental foi em 1990.

 

Jair Bolsonaro, candidato de extrema direita elegeu-se presidente do Brasil com 55% dos votos válidos contra 45% do candidato de esquerda social democrática, o petista Fernando Haddad. A vitória de Bolsonaro e de seu partido o PSL, coloca na ordem do dia a reconfiguração da distribuição de poder na câmara dos deputados e no senado federal que nos últimos anos vinha sendo comandada pelo P-MDB e seus satélites de centro direita representados, dentre eles o PSDB, DEM, PP, PR e outros pequenos partidos do mesmo espectro ideológico, tendo como referência o alcunhado presidencialismo de coalizão.

Nesta sexta-feira, 21 de setembro, ocorre o lançamento do livro Competição Política no Pará (1930-2014): Atores, Partidos e Eleições, do professor Edir Veiga, doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). O evento será às 10h, no foyer do Centro de Eventos Benedito Nunes.

DESEMPENHO DOS PARTIDOS PARAENSES NAS DISPUTAS PARA DEPUTADO ESTADUAL EM 2014

 

1-O Brasil vive turbulências políticas desde o início de 2015.  A crise econômica iniciada em fins de 2014 e aprofundada em 2015, não pode ser enfrentada porque o baixo clero da câmara dos deputados, liderados pelo presidente da CASA, Eduardo Cunha e o PMDB inviabilizaram qualquer iniciativa de combate à crise econômica no curso do governo Dilma-.

Nos últimos 24 meses assistimos uma escalada da violência sem precedente no Brasil, No Pará e particularmente em Belém. Neste momento emerge como a grande preocupação da população e que promete ser um dos assuntos dominantes da agenda eleitoral que se aproxima.

Neste contexto assistimos os mais diversos tipos de diagnósticos que se espraiam nas mídias sociais e nos meios de comunicações tradicionais, como rádio, TV e  jornais. Vemos a oposição tentando responsabilizar o governo por esta grave situação. Vemos o governo buscando dar respostas imediatas através de iniciativas que visam melhorar o aparelhamento policial.

 

 É verdade, o eleitorado brasileiro não tem no continuum ideológico direita-esquerda um atalho informacional para sua tomada de posição política numa disputa eleitoral. Do ponto de vista dos estudos científicos é claramente percebido a diferenciação na ação congressual entre aquelas iniciativas  que propugnam prioritariamente pela equidade e outros que buscam prioritariamente aprovar legislação destinadas a apoiar os investimentos  empresariais.

Na ordem do dia da discussão política está as questões que envolvem a candidatura Lula, ou não, à presidência da república. Parece que existe consenso de que Lula é a principal expressão política brasileira desde a redemocratização brasileira de 1985. Hoje o dilema envolve a possível condenação de Lula em segunda instância pela justiça federal, o que a priori o tornaria inelegível para as eleições de 2018.