Prefeitos tradicionais são aqueles que medem seu desempenho a partir de obras físicas de grande visibilidade pública. Manoel Pioneiro tem nos asfaltos seus principal patrimônio eleitoral.  Zenaldo pretende ter nas obras do BRT e na retomada da macrodrenagem da Estrada Nova seus grande motes de campanha.

Os maiores inimigos desta estratégia política encontra-se nos tempos chuvosos. Normalmente somente entre os meses de julho e novembro é que a chuva mostra-se mais clementes com os políticos do concreto armado.  Parece que os resultados apresentados no campo do concreto armado não tem sido suficiente para alavancar a avaliação destes dois políticos.

Pesquisas informais vêm registrando a grande penetração de Edmilson e Eder Mauro em Belém e do radialista e apresentador de TV, Jefferson Lima, tanto em Belém como em Ananindeua.  Os asfaltos a frio, também conhecidos como asfalto sonrizal, vem sistematicamente se dissolvendo nas barrentas águas chuvosas de inverno.

A avaliação de Zenaldo se encontra baixa e de Pioneiro está em níveis médios. Estes dois gestores terão apenas o segundo semestre de 2015 para ampliar a implantação da gestão baseada no concreto armado em suas cidades, haja vista que o primeiro semestre de 2016 será marcado pelas chuvas e no segundo semestre já teremos as eleições municipais.

Enquanto no Brasil são as políticas sociais que são as âncoras do governo federal, em Belém e em Ananindeua nota-se pouca iniciativa nesta área. Quais os programas municipais para combater o trabalho infantil digno de visibilidade pública? Quais os programas municipais para qualificar os trabalhadores semi-analfabetos ou analfabetos? Quais os programas municipais sérios para preparar o jovem para o primeiro emprego nestas cidades de serviço? Em quais destes municípios a Estratégia Saúde da Família funciona de verdade? Qual o choque de gestão capaz de fazer funcionar os serviços públicos municipais de saúde, educação e transportes públicos?

Parece que fica muito claro que política social jamais será marca de governos  desvinculados de opções sociais claras.  Parece que Zenaldo e Pioneiro encontrarão enormes dificuldades em 2016 tendo em vista o esquecimento de políticas sociais como segurança, saúde, saneamento, meio ambiente e de  qualificação para o emprego.

Até quando principalizar investimento em atividades meios será mais importantes do que investir nas atividades fins, ou seja, nas pessoas strictu senso. Lula fez história neste País invertendo prioridades e focando nas pessoas, parece que os prefeitos de Ananindeua e Belém ainda não perceberam esta questão. Para os políticos tradicionais e reacionários, investir nas pessoas é dar esmolas.

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